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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Que tal cursar Engenharia Naval?


Aviso aos navegantes:

Na última postagem falamos sobre a Engenharia de Petróleo, uma das carreiras mais promissoras do momento. Outra delas, que também tem seu destaque no atual cenário brasileiro, é a Engenharia Naval. Confira informações sobre o curso, descubra onde estudar e veja o depoimento do aluno Lucas Nahas da Universidade de São Paulo.

O curso, muitas vezes associado ao de Engenharia Oceânica, prepara profissionais para atuarem de forma ampla em tudo aquilo que envolve exploração marítima, principalmente na construção e manutenção de grandes máquinas e plataformas petrolíferas ou de exploração de gás. Além das matérias básicas da engenharia, um estudante de Naval irá ver, por exemplo: Hidrodinâmica, Termodinâmica, Arquitetura Naval, Técnicas de Construção, Modelagem Computacional e Gestão de Projetos.

Primeiro petroleiro de grande porte construído no Brasil (2010)
Crédito de imagem: Diário do Pré-Sal

Onde estudar

Algumas das Universidades Estaduais e Federais que oferecem o curso de Engenharia Naval como graduação são: USP (São Paulo), UFRJ (Rio de Janeiro), UFPA (Pará), FURG (Rio Grande – RS), UFS (Santa Catarina) e UFPE (Pernambuco).

Sobre alguns dos cursos

O Departamento de Engenharia Naval da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi criado em 1959, quando o país apostava na implantação da moderna indústria de construção. Sua especialidade é ser um curso voltado para a formação de profissionais relacionados às áreas de projeto e construção naval. Hoje conta com uma grade curricular, que abrange disciplinas direcionadas também para outros segmentos como offshore, transportes aquaviários (marítimos e fluviais) e embarcações especiais. Os diplomados poderão atuar na indústria naval com mecânica pesada, fabricação de máquinas, projeto e construção de equipamentos.

Departamento de Engenharias, POLI-USP
Foto: Noemi Zein Telles
O curso de Engenharia Naval da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP) foi criado em 1956 com o objetivo de formar estudantes não só para a Marinha, mas também formar engenheiros para o mercado naval, o qual necessitava profissionais qualificados para a frota brasileira. Durante os anos 80, o Departamento de Engenharia Naval e Oceânica expandiu suas atividades, incorporando novos temas como engenharia de materiais e tecnologia de  exploração em águas profundas.

Já o curso de Engenharia Naval da Universidade Federal do Pará (UFPA) é bem mais novo que os anteriores, foi criado em 2005 e aprovado em 2007. Ainda assim, está crescendo e com boa avaliação feita pelo Ministério da Educação (MEC). Seu principal destaque é ser um curso que estuda os problemas da navegação da Amazônia sem a perda da visão global da Engenharia Naval. Profissionais da área Naval que trabalham em Belém estão entre os docentes da Universidade, o que traz grande peso para o estudo de águas fluviais.

Entrevista

Lucas Nahas, estudante de Engenharia Naval da POLI
Foto: Noemi Zein Telles
Lucas Nahas, 24 anos, estuda Engenharia Naval na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI – USP). Ele sempre gostou das ciências exatas e decidiu fazer Engenharia, porque acredita que é um curso completo e com boas perspectivas de mercado.

Ele entrou na área de mecânica da POLI e inicialmente pensava em cursar Engenharia Mecânica ou Mecatrônica, no final acabou se interessando pela especialização de Engenharia Naval. Atualmente está no 4º ano, mas em sua grade horária há matérias de diversos semestres.

O que mais motiva Lucas a seguir esse curso é a possibilidade de conhecer máquinas grandes e trabalhar com elas. “Esses navios super-petroleiros possuem motores imensos. Para se ter uma noção, uma pessoa cabe dentro do cilindro de um motor desses”, explica, sorrindo.

“O que mais gosto mesmo é da parte elétrica, tenho vontade de mexer com transmissão de energia e nem precisa ser necessariamente em navios”, afirma Lucas. Isso é verdade, já que a formação é ampla e o aluno sai preparado para diversos tipos de trabalhos, principalmente em embarcações.

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